De Rosário às Eliminatórias: Chile x Argentina volta a opor Pizzi a Martino
Tales Torraga
Difícil transportar para o Brasil, mas muitos argentinos – muitos mesmo – enxergarão Rosario Central x Newell's Old Boys no Chile x Argentina de hoje (24). Técnico do Chile, Juan Antonio Pizzi é lenda do Central. Igual ao argentino Martino no Newell's.
Martino tem 53 anos; Pizzi, 47. Ambos jogaram e treinaram os grandes de Rosário. Tata era meia; Pizzi, atacante. Jogaram um contra o outro quatro vezes em 1989 pelo Campeonato Argentino – uma vitória cada e dois empates. O 1º duelo foi este:
Os canallas viam em Pizzi un Tanque, e os gols a seguir confirmaram. Fez sucesso no Valencia, Porto, Villarreal, Tenerife e River Plate. Formou ataque no Barcelona com Ronaldinho em 1996 e 1997, quando o brasileiro de 24 anos foi para a Inter.
Jogou tão bem que se naturalizou espanhol e atacou pela Fúria na Eurocopa de 1996 e na Copa do Mundo de 1998. Chegou a fazer gol de cabeça na Argentina de Daniel Passarella em 2×1 amistoso de 1995 – mas Pizzi esteve longe de vibrar.
Tata Martino parou de jogar em 1996, no Barcelona do Equador. Sua carreira de técnico engrenou em 2002 no Paraguai. Dirigiu Libertad e Cerro e em 2007 assumiu a seleção paraguaia que chegaria às quartas-de-final da Copa do Mundo de 2010.
A boa campanha no Newell's semifinalista da Libertadores de 2013 o levou ao…Barcelona, também pelo vínculo leproso com Messi. Durou 59 jogos em 2013 e 2014, com 40 vitórias, 11 empates e 8 derrotas. Assumiu a Argentina na sequência.
O cargo que Pizzi estreia hoje pelo Chile é sua primeira experiência em seleções. Os principais clubes que dirigiu foram Central, San Lorenzo e Valencia. Cruzou com Tata em 2013 (Newell´s 1×0 San Lorenzo) e em 2014 (Valencia 3×2 Barcelona).
Adversários cordiais, hoje comandam as potências que decidiram a última Copa América. Ganhar em Santiago às 20h30 pela 5ª rodada das Eliminatórias vai ser especial. No coração leproso y canalla de cada um, tais clássicos são infinitos.
Chile: Bravo; Isla, Medel, Jara e Mena; Marcelo Díaz e Gutierrez; Orellana, Fernandez e Beausejour; Alexis Sánchez. Técnico: Juan Antonio Pizzi.
Argentina: Romero; Mercado, Demichelis (Otamendi), Funes Mori e Rojo; Kranevitter, Biglia e Banega; Messi, Agüero e Dí Maria. Técnico: Tata Martino.
Árbitro: Heber Roberto Lopes (Brasil)
Estádio: Nacional, em Santiago (Chile)