Chute na nuca e freguesia. River traz más lembranças para trio do São Paulo
Tales Torraga
O São Paulo visita o River Plate às 19h30 desta quinta (10) depositando esperanças em seu trio argentino – os atacantes Calleri e Centurión e o técnico Edgardo Bauza.
Os três têm muita história contra o clube portenho. Mas nenhuma muito animadora.
O Monumental de Núñez foi onde Calleri chutou a nuca de um torcedor pela eliminação na semifinal da Sul-Americana 2014.
A patada com o jogo já terminado rendeu a Calleri três partidas internacionais de suspensão. Abaixo, no ponto exato.
Calleri esteve em campo também na eliminação imposta pelo River nas oitavas da Libertadores 2015. Foi o titular na partida de ida, no Monumental igual.
Perdeu gol histórico aos 10 segundos (!) do segundo tempo, lance que poderia decretar Boca 1×0 como vistante.
Nas causas e efeitos da bola, a falha foi determinante no confronto decidido na noite do gás – quando torcedor queimou os olhos de seis atletas do River na Bombonera.
''Hoje por hoje não jogaria no River. Quando estava no All Boys poderia acontecer, mas agora com certeza não'', disse o atacante recentemente.
No campeonato local, Calleri fez gol no River pelo All Boys. Pelo Boca também, no amistoso 5×0 em que o River teve três expulsos. Amistoso, três expulsos. Mirá vos.
O técnico Bauza tem histórico mais longo contra o River – e mais desapontador.
Vem de seis derrotas seguidas – quatro contra o atual técnico Marcelo Gallardo, incluindo as finais da Recopa Sul-Americana do ano passado.
Dos 19 jogos contra o River, só ganhou uma única vez – em 1999, treinador do Rosario Central. Perdeu 12 vezes e empatou seis.
Dos três argentinos do São Paulo, o mais contestado é Centurión. Esteve em campo pelo Racing no 1×0 que levou o clube ao título argentino em 2014. Mas não participou do lance do gol contra de Funes Mori.
Todos os sete gols que Centurión marcou em 51 jogos pelo Racing foram em times menores: Vélez, Union (dois), Lanús, Quilmes, Godoy Cruz e Argentinos Juniors.
Nenhum contra outros grandes do país, Boca, River, Independiente e San Lorenzo. É a grande crítica que escuta desde os tempos que levava a 10 do Racing.
Pelo São Paulo, fará o que não fazia pelo gigante de Avellaneda?
Núñez, quinta, 19h30. Bauza, Calleri, Centurión e um velho carma no Monumental.
Hasta la próxima vez mi viejo karma
De andar topándome con desafíos
Que desafían el carácter del cabrío
Lejos de funcionar como una alarma
Y como parte de mí, el fin concluye
Pero no sin transformarse en el camino
Até a próxima vez, meu velho carma.