Patadas y Gambetas

‘Sair na mão’. A ‘receita’ de Maradona para o Boca faturar a Libertadores

Tales Torraga

Em entrevista ao portal argentino ''Infobae'', Diego Armando Maradona afirmou que acompanha tudo o que ocorre no seu Boca Juniors, mesmo trabalhando como técnico no México e precisando ficar acordado em plena madrugada para esperar as reprises dos jogos do clube portenho. E o ex-astro da equipe xeneize sugeriu um polêmico (para dizer o mínimo…) recurso para o time ganhar a sétima Libertadores.

''Em outro dia, me alertou muito que o Zárate mandou o Cardona a la c…. de tu madre [insulto tipicamente argentino] em pleno jogo [na derrota do Boca para o River na Bombonera]. Disse para mim: 'que mal deve estar o vestiário'. O vestiário é simples. Há uma chavezinha, e se querem acabar com a bronca, eu tranco pelo lado de fora e que se caguen a trompadas [algo como ''se arrebentem na porrada'']. Aquele que sair, joga'', afirmou El Diez.

''Esta é a bagunça e eu resolvo em um ambiente fechado com a chave na mão e como comissário. Assim se resolvem os problemas, senão apodrece tudo. Quando saem na mão, você vê que não acontece mais nada.''

Para Maradona, são dois os grandes problemas deste Boca recheado de grandes jogadores e que ainda não convenceu nem na Libertadores e nem no atual Campeonato Argentino, no qual é o sexto colocado: os egos e as atitudes erradas de Guillermo e Gustavo Barros Schelotto, os irmãos gêmeos que treinam a equipe.

''Eles estão dando ouvidos a quem não entende nada de futebol. Comandar um grupo é muito difícil, e os gêmeos não estão conseguindo. As pessoas que estão ao redor dele me dão nojo'', seguiu, sem citar nomes, mas dando a entender que representantes de atletas estavam interferindo no trabalho dos treinadores mediante o alto valor de seus jogadores que precisariam ficar no banco de reservas.

O sempre ácido El Diez não economizou munição também ao seu ex-amigo Carlitos Tevez: ''Ele deixou de ser o jogador do povo. Desde que passou a estar ao lado do ladrão do [presidente] Mauricio Macri, não pode estar com o povo''.