Patadas y Gambetas

Histórico anima o Boca para decisão contra o Cruzeiro

Tales Torraga

A fase da equipe não é boa, e até mesmo por isso, os torcedores do Boca na Argentina estão apelando mais ao histórico do que ao presente do clube xeneize na Libertadores em confrontos contra os brasileiros. E o retrospecto em si é mesmo impressionante. Neste milênio, o Boca mediu forças em mata-matas de Libertadores contra equipes do Brasil em 12 ocasiões. E levou a melhor em simplesmente dez.

O primeiro confronto já foi em uma decisão – contra o Palmeiras, em 2000, conquistando o título nos pênaltis em pleno Morumbi. A primeira cobrança foi convertida por Guillermo Barros Schelotto, hoje o técnico da equipe. Em 2001, o Boca deixou mais dois brasileiros pelo caminho – o Vasco nas quartas e o Palmeiras na semifinal.

Os confrontos contra brasileiros voltaram a acontecer em 2003, com outras duas classificações dos xeneizes, que superaram o Paysandu nas oitavas de final e o Santos em uma nova decisão. O São Caetano foi o adversário das quartas de final de 2004, também vencida pelo Boca -e também na cobrança de pênaltis.

Talvez nenhuma vitória do clube sobre brasileiros tenha sido tão emblemática quanto a da final de 2007, quando o Boca atropelou o Grêmio de Mano Menezes com um 3 a 0 na Bombonera e um 2 a 0 no antigo Estádio Olímpico.

No ano seguinte, 2008, o Boca superou o Cruzeiro nas quartas com duas vitórias por 2 a 1, mas viu chegar ao fim a sua impressionante sequência: o Fluminense o eliminou na semifinal com uma vitória por 3 a 1 no Maracanã e um empate por 2 a 2 em La Boca.

Em 2012, o Boca voltou a encarar o Fluminense, eliminando os cariocas das quartas de final com um gol de Santiago Silva no finalzinho da partida de volta, no Rio. Aquela campanha terminaria com derrota para um time brasileiro – o Corinthians, campeão invicto, mas que seria eliminado pelo Boca logo nas oitavas do ano seguinte, 2013.

De 12 definições ante brasileiros neste milênio, o Boca levou a melhor em dez. É uma sequência de respeito. Insistimos: os jogadores que Schelotto têm à disposição são ótimos. Mas o Boca segue sendo um grande elenco que ainda não é uma grande equipe. Uma classificação nesta quinta pode mudar tudo e enfim oferecer a segurança que este Boca ainda não demonstrou nem na Argentina e nem na Libertadores sob o comando do seu explosivo e caprichoso técnico.