Patadas y Gambetas

5 motivos para ver o Campeonato Argentino que começa hoje

Tales Torraga

Vélez Sarsfield e Newell's Old Boys se enfrentam a partir das 19h (de Brasília) desta sexta (10) no Estádio José Amalfitani na partida que dá início ao 134º Campeonato Argentino da história. O torneio que arranca hoje só termina no próximo dia 8 de abril, e o blog traz cinco razões para não perder a competição que pode representar uma nova fase para o futebol local azul e branco.

River e Boca: um dos dois será o campeão – AFA/Divulgação

1) BOCA x RIVER E SÓ. A Superliga Argentina corre sério risco de virar uma competição dominada apenas por Boca Juniors e River Plate, repetindo o que ocorre, por exemplo, com Real Madrid e Barcelona na Espanha. A razão tem a ver com o dinheiro que cada uma das equipes está conseguindo amealhar nas últimas temporadas. Como são os dois maiores clubes do país, ambos administram uma verba inacessível a todos os demais – e aí se incluem também os outros grandes, como San Lorenzo, Racing e Independiente. O bicampeão Boca, por exemplo, vai correr atrás do tri sendo patrocinado pela Qatar Airways, que paga cerca de R$ 20 milhões ao clube por ano, valor bem acima dos demais.

2) O ÚLTIMO TANGO DE TEVEZ. Carlitos Tevez já deu declarações públicas dizendo que deve parar de jogar no final deste ano – especialmente se o Boca conquistar a tão sonhada Libertadores. Como ele tem sido reserva de Zárate nas partidas de Copa, é plenamente capaz que Tevez atue como titular durante boa parte do Campeonato Argentino que deve acompanhar as últimas patadas y gambetas da sua carreira. Tevez está com 34 anos e joga profissionalmente há 16. Sua sequência para o ano que vem não é encarada de maneira séria por ninguém pelos lados de La Boca.

3) A VOLTA DOS VISITANTES. Depois de cinco anos, o Campeonato Argentino voltará a ter as torcidas dos dois clubes no mesmo jogo. A princípio, somente 13 clubes deram o ok para receber ambas as hinchadas, mas os órgãos de segurança da Argentina querem que a adesão seja lenta e gradual até o fim da competição. Os cinco grandes, por exemplo, começam o campeonato permitindo somente a entrada dos seus fanáticos, mas os clubes pequenos, de olho em maiores faturamentos, poderão abrir os seus portões para as equipes mais populares.

4) DUELO DOS TÉCNICOS. Sempre caracterizada por bons treinadores, a Argentina neste ano vai ver novos nomes para ameaçar a dinastia de Marcelo Gallardo (River) e Guillermo Barros Schelotto (Boca). Dois deles estão de volta ao país: Patón Bauza, no Rosario Central, e Sebastián Beccacece, ex-auxiliar de Jorge Sampaoli, retornando ao Defensa y Justicia. Outros dois nomes que podem comprovar o que os seus bons trabalhos indicam são Ariel Holan, do Independiente, e Gabriel Heinze, do Vélez.

5) REBAIXAMENTO DO VÉLEZ. Por falar em Vélez, o campeão mundial de 1994 começa a temporada com a corda no pescoço – tem a segunda pior média dos últimos campeonatos (atrás apenas do Colón) e não conta com uma equipe forte o suficiente para fugir fácil da degola. Quem acompanha o clube de perto diz que apenas um milagre fará o time escapar da B Nacional. O Argentino deste ano tem 26 equipes, e as quatro últimas caem, para ascenso de somente dois clubes da divisão inferior, reduzindo a quantidade total de times para 24 a partir de 2019.

CLUBES PARTICIPANTES (26): Aldosivi, Argentinos Juniors, Atlético Tucumán, Banfield, Belgrano, Boca Juniors, Colón, Defensa y Justicia, Estudiantes de La Plata, Gimnasia y Esgrima, Godoy Cruz, Huracán, Independiente, Lanús, Newell's Old Boys, Patronato, Racing, River Plate, Rosario Central, San Lorenzo, San Martín de San Juan, San Martín de Tucumán, Talleres, Tigre, Unión e Vélez Sarsfield  

SISTEMA: Todos contra todos, em 25 rodadas.

NA LIBERTADORES: Os quatro primeiros, que, para o blog, devem ser, pela ordem, Boca, River, Independiente e Racing (há vagas também ao campeão da Copa Argentina, ao campeão da Copa da Superliga e ao melhor argentino na Sul-Americana)

NA SUL-AMERICANA: Entre o quinto e o nono colocado.

NA TV PARA O BRASIL: Fox Sports