Patadas y Gambetas

Argentina busca ‘comando duplo’ depois de fracassar com Sampaoli

Tales Torraga

O blog antecipou em 11 de junho e será oficializado no máximo amanhã (16): por US$ 1,6 milhões, Jorge Sampaoli vai deixar a seleção argentina naquela que foi a mais tumultuada passagem de um treinador  pela azul e branca nas últimas décadas. E as sequelas da sua confusão na AFA são profundas. O blog apurou que o ressentimento do órgão com o técnico é tamanho que o plano A para a seleção principal vai ser colocar dois treinadores – um experiente e um mais jovem – para comandar a equipe.

É bom que se esclareça que o plano A só vai ser levado adiante pela AFA mediante as negativas já informadas por Diego Simeone, Mauricio Pocchetino e Marcelo Gallardo. Os três foram sondados nos últimos dias e já disseram não ao cargo.

A ideia da AFA passa então a ser formar uma aliança entre José Pékerman e Matías Almeyda. Pékerman será uma espécie de dirigente, exercendo uma função semelhante à de Carlos Bilardo quando Diego Maradona comandou a Argentina em 2009 e 2010. E Matías Almeyda – técnico apenas há seis anos, quando conduziu o River Plate de volta à Série B – tem perfil agregador até com os chefes mais complicados – que o diga a sua parceria com Daniel Passarella no próprio River.

Pékerman está para finalizar a sua saída da seleção colombiana, cargo que ocupa há seis anos e no qual já enfrenta os inevitáveis desgastes da continuidade. E Almeyda – ele mesmo, o volante da seleção nos Mundiais de 1998 e 2002 – estava acertado com o Al-Rayyan, do Catar, mas deu um passo atrás. Além da Argentina, ele é nome forte para comandar também a seleção do México. O apelido de Matías é Pelado – ''careca'', o mesmo de Sampaoli – e sua fama entre os mexicanos é ainda melhor do que entre os argentinos. Ele comandou o Chivas Guadalajara nos últimos três anos, conduzindo a equipe a títulos inéditos nos últimos anos.

O Plano B para a AFA seria Ricardo Gareca, hoje no Peru, que já sinalizou que prefere continuar onde está – em uma estrutura muito mais organizada que a Argentina, é bom que se ressalte.