Argentina joga “com 12” na decisão contra o Equador
Tales Torraga
Qué raro! A calma reina na seleção argentina na prévia do jogo mais importante das últimas décadas, o das 20h30 desta terça (10) em Quito contra o Equador.
O blog apurou que jogadores, dirigentes e até o explosivo técnico Jorge Sampaoli estão serenos e espantosamente equilibrados para este compromisso que vai encaminhar a sequência argentina rumo à Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
(O relaxamento é tamanho que até um ''trem da alegria'' com os campeões mundiais Tarantini (1978), Ruggeri e Burruchaga (1986) está deixando o ambiente de Quito mais descontraído e a cobertura da TV repleta de piadas, mirá vos…)
A calma está personificada em Luis Juez, o embaixador da Argentina no Equador.
Juez é olhado pelo establishment da Argentina como o futuro presidente da AFA. Muitos jornalistas o tratam como um ''Julio Grondona com ética'', em óbvia referência ao eterno mandatário do futebol no país, morto há três anos.
Hábil como um Maradona das esferas políticas e esportivas, Juez foi o braço-direito das façanhas argentinas no Equador neste ano com a classificação da seleção sub-20 e do Atlético Tucumán, que chegou ao país às pressas e bateu, na altitude de Quito, o Nacional para ficar com a inédita vaga na Libertadores.
Advogado, Luis, 64, foi senador da província de Córdoba. Torcedor-símbolo do Talleres, fez questão de recepcionar pessoalmente a seleção e os torcedores que estão no Equador. Organizou um jantar com a melhor carne argentina para toda a delegação e só pediu ''un poco de buena onda'' aos jornalistas que cobrem o jogo.
Querido e carismático, Juez é também o responsável pelo acordo comercial que possibilita a volta da venda da carne argentina no Equador depois de uma década. O embargo vinha desde a crise da febre aftosa em 2006 – e é justamente um frigorífico da sua Córdoba natal que está à frente do retorno das exportações.
A vitória argentina nesta noite é certeza nas casas de apostas.
Não importa que a seleção não jogue absolutamente nada e não ganhe de ninguém há cinco rodadas. Não se leva em consideração também que a Argentina não vence na altitude desde 2005 – em Quito, desde 2001.
O triunfo argentino nesta noite devolve só R$ 1,36 a cada R$ 1,00 apostado, contra R$ 4,75 do empate e surreais R$ 10,00 da vitória do Equador, segundo o ''Bet365''.
Enquanto a Argentina joga a vida, o Equador do técnico argentino Jorge Célico – que substitui outro treinador argentino, Gustavo Quinteros – joga relaxado, quase pensando nas férias. Só cumprem tabela. Estão no direito. Tranqui tranqui.
Entre Bariloche, Mendoza e Mar del Plata, em janeiro recomendamos Mardel.