Patadas y Gambetas

Sampaoli indica fim de ciclo para um ex-intocável na seleção argentina

Tales Torraga

Gonzalo Higuaín precisa se mexer. Se ele não se cuidar daqui para a frente, o amistoso de sexta contra o Brasil terá marcado sua despedida da seleção.

Fontes do blog revelaram uma verdadeira desilusão da nova comissão técnica de Jorge Sampaoli com o desempenho do camisa 9 da Juventus não apenas na estéril partida contra o Brasil, mas também nos treinamentos e no trabalho como um todo.

A falta de sintonia mútua resultou na dispensa do atacante para o amistoso das 9h desta terça (13) contra a inexistente seleção de Cingapura, em Cingapura. Higuaín, Messi e Otamendi não vão atuar por já estarem ''em modo descanso''.

O cabeludo auxiliar Sebastián Becaccece e o Pelado Sampa – La Nación/Reprodução

A amigos, Sampaoli afirmou que viu Higuaín lento e desconectado do restante dos colegas. El Pipita saiu da equipe no intervalo e é bem possível que não volte mais.

El Pelado Sampa diz abertamente que seu preferido é Mauro Icardi, 24, pela polivalência. Higuaín, beirando os 30, não tem físico nem técnica para o mesmo.

As escolhas ofensivas de Sampaoli ficaram bem claras em Cingapura.

Ele preferiu manter Icardi, se recuperando de lesão muscular, e dispensar Higuaín. Gonzalo poderia aproveitar a fraca defesa de Cingapura para ganhar crédito com o técnico e com a torcida que não cansa de apontá-lo como responsável pelas três finais perdidas. El Pipita, de fato, desperdiçou gols na decisão da Copa do Mundo contra a Alemanha e nas duas Copas Américas com o Chile, mas vinha sendo um intocável desde 2009, quando foi convocado pela primeira vez, por Maradona.

Higuaín é o quinto maior artilheiro da história da Argentina: são 32 gols em 68 jogos, média de 0,47 por partida. Seus 32 gols são a mesma quantidade do que fez exatamente Maradona. Com Sampaoli, este passado corre risco de não valer nada.

Tanto Higuaín quanto o sequer convocado Agüero não vão jogar só com o nome. Ambos terão uma conversa cara-a-cara com o Pelado Sampa para ouvir, sem intermediários, o nível de compromisso que a seleção agora vai exigir de todos.

Ou se adaptam – e se entregam – ou estão fora.

Simples assim.