Patadas y Gambetas

‘La Máquina’ 2? River escala time com dez jogadores de seleção

Tales Torraga

Está re complicado lidar com a histeria da torcida do River Plate em Buenos Aires. O clube portenho abre nesta quinta-feira (14) sua participação nas quartas de final da Libertadores às 21h45 (de Brasília), quando enfrenta o Jorge Wilstermann na altitude de 2.560 metros da cidade de Cochabamba, na Bolívia.

River embarca para a Bolívia – River Plate / Divulgação

Os fanáticos têm razão em, mais que esperar, praticamente contar com este tetracampeonato da Libertadores. O River titular escalado por Marcelo Gallardo para esta noite tem simplesmente dez jogadores com passagens por suas seleções.

O goleiro é Germán Lux, de 35 anos, presença contínua na seleção argentina no ciclo José Pekerman. Era Lux, porém, o goleiro da Argentina na catastrófica derrota por 4×1 para o Brasil na decisão da Copa das Confederações de 2005. O lateral-direito é Moreira, o ''Cafu paraguaio'', com 14 participações pela equipe nacional de seu país. O outro lateral, Milton Casco, foi chamado pela última vez pelo técnico Tata Martino. Atuou pela Argentina em duas partidas nesta Eliminatória.

Os zagueiros são Maidana e Pinola, e ambos jogaram contra o Brasil na estreia de Jorge Sampaoli. Os volantes do River para esta quinta na Bolívia são o corajudo Ponzio (oito jogos pela seleção), Nacho Fernández (outro chamado por Sampaoli), Enzo Pérez (titular da Argentina na Copa de 2014) e Chino Rojas (três partidas com a azul e branca). Na criação, o único jamais chamado para a seleção, mas que talvez seja o principal jogador da equipe no momento: Gonzalo El Pity Martínez, que brilhou como nunca no 3×1 sobre o Banfield na última rodada do Argentino.

O atacante solitário será Nacho Scocco, que fez dois gols contra o Brasil na Bombonera em 2012, quando Alejandro Sabella era o técnico da seleção.

E isso porque nem citamos a saída de Alario – outro habitué recente da seleção – para o Bayer. Ou do técnico Muñeco Gallardo, tido por muitos como o verdadeiro merecedor do cargo que hoje é do desesperado Sampaoli nas Eliminatórias.

É un equipazo. Ninguém pode discutir.

Agora se já é o campeão desta Libertadores ou se é a ''Máquina 2'', como repetem os fanáticos a todo momento, em alusão ao famoso time dos anos 40, aí mesmo só o tempo vai dizer. A resposta começa a vir hoje. Vale conferir.

Atualizando – O 3×0 foi cruel demais com o time de Gallardo, que fez por merecer sair de Cochabamba com um 1×2 ou até 2×2. Que ironia. O River 2017 voltou no tempo e virou o River conhecido por décadas a fio, o River de grandes times que colecionavam grandes derrotas.

A série não está fechada, mas resta só de 10% a 15% de chances de classificação para os de vermelho e branco. Eis imensa oportunidade para este River mostrar que é mesmo tudo isso que sua torcida diz.