Patadas y Gambetas

Gabriela Sabatini e sua nova paixão – 20 anos depois de pendurar a raquete

Tales Torraga

Buenos Aires amanheceu com um assunto para dividir a atenção com o futebol. Rádios e TVs lembram: Gabriela Sabatini deu adeus ao tênis há exatos 20 anos.

Sabatini – quem tem mais de 30 sabe muy bien – foi a musa do esporte argentino e mundial nos anos 80 e 90. E principalmente uma excelente tenista.

Treinada pelo brasileiro Carlos Kirmayr, ganhou o US Open de 1990 e estrelou o circuito por dez anos – e enfrentando a melhor geração feminina da história.

(Alguém discorda da opinião do blog?)

Era adversária de Steffi Graf, Chris Evert, Monica Seles e Martina Navratilova – para dizer só quatro nomes. Foi número 3 do mundo e complicada rival para todas.

Gabi, como a Argentina sempre a chamou com carinho, hoje tem 46 anos e está longe do tênis: ''Vejo as raquetes lá em casa e nem ligo''. Sua atual grande paixão é a bicicleta, como descreve neste vídeo aqui. Percorre o mundo em duas rodas e flerta com o triatlo. Nada, corre e continua uma diva. ''Não faço nada pesado, mas sou sim uma maluquinha do esporte. Toda a vida fui. Tenho academia em casa.''

sababici

Cuida também da sua muy famosa linha de perfumes. Curioso: o país em que faz o maior sucesso em todo o mundo é a Alemanha, terra da principal rival, Steffi Graf.

Adora cantar e aproveitar as comidas que evitava quando jogava. Zero escândalos. Sem revelar nada ao público, se encarrega de ajudar – com o dinheiro e com a alma – um batalhão de jovens esportistas argentinos. A filantropia move sua rotina. Percorre a Argentina e o mundo em diversos eventos sociais.

Daí vem hoje seu grande prazer: ''O que me emociona é ver a solidariedade. O povo argentino é solidário. A única necessidade é unir as pessoas''.

União é outra palavra que Sabatini tem o que falar. Mantém contato com grande parte das tenistas que foram suas adversárias, e com elas viaja e faz jogos beneficentes. Além do seu tênis de classe (e não força) nos golpes, entrou para a história pela lição que deu ao mundo ao pedir a proteção do ranking da adversária Monica Seles quando ela levou a famosa punhalada nas costas em 1993.

Sabatini foi a única jogadora a tomar esta iniciativa.

O jornal ''La Nación'' deu a ela a capa de esportes e resumiu bem quem é Gabi.

Alguém cada vez maior.