Patadas y Gambetas

Por que os amigos Verón e Maradona brigaram?

Tales Torraga

Muy amigos. Verón e Maradona se davam muy bien até 2010.

Muito porque jogaram juntos no Boca de Bilardo em 1996. Verón participou até da cena na qual Maradona e Caniggia se beijaram na boca em plena Bombonera.

Reeditaram a dupla no ciclo de Diegote como técnico da seleção argentina.

Verón era o 'técnico em campo' e importante suporte para Messi – e tudo isso com os mimos de Diego. Em 2009, pelas Eliminatórias, contra a Venezuela, Maradona o defendeu e enfrentou a torcida do Monumental que o vaiava a cada toque na bola.

Veio a Copa de 2010 e o volante, abaixo do esperado, foi sacado do time. Não atuou na paliza que a Argentina levou da Alemanha nas quartas: 4×0 y baile.

Eram Mascherano, Maxi Rodríguez e Di María, os meio-campistas naquela tarde.

Depois da Copa da África do Sul, o primeiro curto-circuito. Verón disparou: ''Maradona é contraditório para algumas coisas. Primeiro, me pediu para eu ser o Xavi da nossa seleção. E não joguei. Mas não brigamos, o grupo era o principal''.

A briga que precisou ser contida no Jogo da Paz em Roma foi ampliada em julho deste ano, 2016 – ou seja, só três meses atrás. Maradona quis trabalhar na AFA. Tinha o aval de Gianni Infantino, presidente da FIFA, mas Verón, mandando no Estudiantes e atuando com firmeza na Associação, lhe baixou o polegar de cara.

Así, de una.

Vieram depois as habituais trocas de farpas. ''Verón e seu pai me traíram'', falou Maradona. ''Diego está em um estado tão lamentável que é melhor deixá-lo em paz  e não tomar com seriedade o que diz'', devolveu La Brujita Verón.

Daí, a lamentável cena de ontem. No Jogo da Paz, dois argentinos brigando.

Um de 41 anos, Verón. Outro de 55, Maradona. La argentinidad al palo.