Patadas y Gambetas

Genro de Carlos Bianchi, ‘galã roqueiro’ Domínguez busca proeza no Huracán

Tales Torraga

Começam hoje (3) 21h45 as partidas de volta das oitavas da Libertadores com Atlético Nacional x Huracán, na Colômbia. Na ida, em Buenos Aires, um 0x0 que permite ao técnico Eduardo Domínguez sonhar com a improvável classificação.

O Nacional foi o melhor da fase de grupos; o Huracán, só o 16º depois de sobreviver na pré-Libertadores ao acidente de ônibus na Venezuela que fez o meia Torranzo perder quatro dedos do pé esquerdo. Em vez de abalar, o desastre fortaleceu o time.

Essa resiliência é um dos triunfos dos comandados por Domínguez, genro de ninguém menos que Carlos Bianchi, técnico mais vezes campeão da Libertadores – quatro títulos (um pelo Vélez e três com o Boca) e um vice. Domínguez e Brenda, a filha mais velha do Virrey, são casados há quatro anos e têm casal de filhos.

A convivência, claro, permite trocar ideias. ''Mas não falamos muito de futebol. Carlos é sempre aberto a conversar sobre o time, mas não fico o enchendo'', explica. E brinca: ''Ele é melhor avô que treinador'', sobre os re pechochos  Mateo e Nina.

Domínguez é surpresa no sempre agitado mercado de técnicos do futebol argentino. Ex-zagueiro do Huracán, virou técnico da noite para o dia. Aos 37 anos, é o treinador mais jovem da elite de um país aberto a iniciantes, mas que cobra igual.

Com Domínguez, o Huracán subiu de nível. Vindo do título da Supercopa Argentina, foi vice na Sul-Americana. Eliminou o River Plate na semifinal e só caiu na decisão depois de dois 0x0 e pênaltis contra o Santa Fe, também da Colômbia.

Sempre se defendendo com el alma, deve tentar frear o Nacional tentando novo 0x0 e pênaltis, colocando os colombianos em raro lugar: sair da Copa sem sofrer gols.

Nacional e Huracán se cruzaram na primeira fase. Em Parque Patrícios, 2×0 para os colombianos que, em casa, ficaram no 0x0.

Outra característica de Domínguez é seu visual roqueiro e pop star à beira do campo. A Argentina o vê como sósia de Adam Levine, vocalista do Maroon 5.

Nada que o questione com a torcida – pelo contrário. É venerado pelos quemeros. Resultados convincentes. A partir de hoje, podem ser também históricos. Ojo.

Nacional-Huracán fazem o cruce de quartas de Central-Grêmio, amanhã, Rosário.